O que é um ataque de pânico?
O ataque de pânico é um episódio repentino de extrema ansiedade, angústia, medo e terror. Trata-se de uma sensação intensa e que assume o controlo, atingindo seu ápice em até 10 minutos. A crise, que em geral tem curta duração, é marcada por uma sensação aterrorizante e a pessoa chega a ter a nítida impressão de que vai morrer ou que de que perdeu o controlo sobre si. O ataque de pânico acontece de forma inesperada e inexplicável, desencadeando diversos sintomas emocionais e físicos.
Normalmente, uma pessoa pode experimentar um ataque de pânico uma ou duas vezes durante a vida, em momentos de extremo stress. No entanto, quando as crises são recorrentes e sem um motivo aparente, podem estar relacionadas à síndrome do pânico, um dos transtornos de ansiedade mais comuns. Nesse caso, apesar de assustadores e com sintomas bastante intensos, os ataques acontecem sem uma causa concreta e na ausência de perigo real.
O primeiro ataque de pânico pode se manifestar em qualquer idade, mas costuma ocorrer na adolescência ou no começo da vida adulta. As crises atingem tanto homens como mulheres, mas, segundo os especialistas, elas acontecem com maior frequência nas mulheres, as quais têm duas vezes mais propensão a desenvolver a síndrome do pânico.
O fato de não saber quando o próximo ataque de pânico acontecerá, acaba por gerar um estado contínuo e excessivo de tensão e ansiedade. Isso pode abrir portas para o desenvolvimento de outras perturbações, como a agorafobia, que é o temor de estar em lugares abertos ou fechados com muitas pessoas. A frequência das crises pode variar bastante de acordo com cada pessoa. Algumas têm episódios diários seguidos de longos períodos sem crises, outras, alguns ataques semanais por um período contínuo.
O ataque de pânico pode ser tanto desencadeado como uma resposta a uma situação específica, uma fobia, por exemplo, como não ter um fator desencadeador aparente.
O que causa um ataque de pânico?
O ataque de pânico é causado por um evento traumático anterior, psicológica ou física, como um acidente, episódio de abuso, violência, assalto, um desastre, etc. O primeiro episódio pode acontecer em qualquer lugar ou situação, como ao dirigir, passear, dormir ou trabalhar.
As demais crises são réplicas da primeira, em que o pavor sentido foi tão intenso que a pessoa passa a ter um grande medo de voltar a experimentá-lo. O que acontece, então, é a tentativa de fugir das situações que podem desencadear um ataque de pânico para evitar reviver suas sensações.
Quais são os sintomas de um ataque de pânico?
Os sintomas do ataque de pânico são intensos e podem ser comparados com a sensação de morte iminente. Os sinais são um conjunto de reações físicas agudas e que podem ser confundidas com um enfarte. Durante uma crise de pânico a pessoa sente:
- taquicardia
- falta de ar
- tontura
- calafrios
- sensação de desmaio
- dores no peito, confundidas com sinais de enfarte
- dores e desconfortos abdominais
- tremores
- formigamento e adormecimento
- sudorese
- náusea
- sensação de morte iminente
Em função dos sintomas similares, quem tem um ataque de pânico acredita estar sofrendo um enfarte e, com as seguintes crises, chega a pensar que tem sérios problemas cardíacos. Identificar o problema e receber o diagnóstico adequado é fundamental para tratar o problema da forma adequada e minimizar os prejuízos para o bem-estar emocional e qualidade de vida.
O diagnóstico, normalmente, é baseado na descrição das crises, do medo de reviver outro ataque e da mudança da rotina para evitar um possível episódio. Para ajudar a reconhecer se se trata de uma síndrome do pânico, é importante estar atento a alguns sinais:
- evita situações geradoras de stress
- tem medo de sair de casa
- tem receio de perder o controlo
- muda comportamentos ou situações que já causaram um ataque pânico
- tem fobia de estar em um lugar com muitas pessoas
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), a síndrome do pânico é caracterizada por crises recorrentes e por mudanças comportamentais que afetam negativamente o estilo e a qualidade de vida da pessoa.
Quais são os tipos de ataque de pânico?
Os tipos de ataque de pânico podem variar de acordo com a intensidade dos sintomas e a frequência das crises. Há episódios isolados, decorrentes de situações stressantes e de grande pressão psicológica, e que não são recorrentes.
Quando os ataques são frequentes, o que marca a síndrome do pânico, há um medo e uma apreensão constantes em reviver as sensações experimentados nas crises. Nesses casos, os ataques de pânico podem acontecer em qualquer momento do dia-a-dia da pessoa, desencadeados por situações traumáticas.
Quais são as consequências de um ataque de pânico?
As consequências do ataque de pânico são diretamente relacionadas ao bem-estar emocional da pessoa. Quem tem as crises, vive continuamente com medo e apreensivo, na expectativa de quando poderá acontecer o próximo episódio.
Para evitar passar por todos os sintomas vividos durante a crise, a pessoa começa a mudar e a limitar seu dia a dia rotina, alterando sua rotina em função de um possível ataque de pânico. Por exemplo, a pessoa deixa de dirigir, pegar elevador, andar de avião e, em casos mais graves, se isola em casa. O temor constante pode ainda desencadear perturbações psicológicas, como ansiedade, depressão, fobia e perturbação obsessiva-compulsiva. Em alguns casos, a pessoa acaba buscando válvulas de escape negativas, como o alcoolismo, para aliviar os sintomas da ansiedade e da preocupação contínua e aguda.
Reconhecer precocemente e tratar a síndrome do pânico de forma adequada é fundamental para evitar que suas consequências afetem a qualidade de vida da pessoa, tanto na esfera pessoa como profissional.
Como ajudar uma pessoa que sofre de ataques de pânico?
Para ajudar uma pessoa que sofre de ataques de pânico, o apoio e a empatia são fundamentais. Em um primeiro momento, a tendência é pensar que se trata de algum problema de saúde, ou acreditar que as crises são normais e decorrentes de stress excessivo.
Incentivar a pessoa a reconhecer o problema e a buscar o diagnóstico adequado são o primeiro passo para ajudar quem sofre com a síndrome do pânico. Já que o ataque de pânico é decorrente de experiências traumáticas passadas, cabe encorajar a pessoa a lidar com o problema, trabalhar essas experiências do passado com psicoterapia a e descobrir novas formas de adotar uma rotina mais saudável.
No caso de presenciar um ataque de pânico, é possível prestar ajuda acalmando a pessoa. O primeiro passo é levá-la para um lugar seguro e tranquilo, sem estímulos sonoros ou visuais. Depois, ajudá-la a controlar a respiração e a relaxar os músculos. Por fim, ajudar a pessoa a se enfocar no momento presente e conscientizá-la de que aquela situação não oferece real perigo, sempre de forma empática e sem minimizar o sofrimento.
Quem pode ajudar-te?
Um psicólogo especializado pode te ajudar a superar o ataque de pânico. Com a psicoterapia, é possível identificar as situações traumáticas que desencadeiam as crises e trabalhá-las. Durante o processo, também se aprende a controlar os sintomas da crise de pânico e a se posicionar de forma mais positiva frente às situações stressantes.
Existem diferentes técnicas e abordagens psicológicas para tratar a síndrome do pânico e, então, recuperar o equilíbrio emocional e ter uma melhor qualidade de vida. Pode ainda ser necessário um tratamento medicamentoso em conjunto, receitado por um psiquiatra, com o objetivo de diminuir os sintomas da ansiedade para que as sessões de psicoterapia possam ser conduzidas de forma mais eficiente. No nosso site encontrarás psicólogos experientes para te ajudar nesse processo de superação.
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