O que é a autoestima?
A autoestima é o que se sente com relação a si mesmo. Como o nome já diz, é a estima, o apreço, a admiração que a pessoa tem por si. Quando esse sentimento é positivo, diz-se que a autoestima é alta, e quando o que se sente em relação a si é negativo, considera-se que a pessoa tem autoestima baixa.
Durante a sua vida, a pessoa recebe e constrói uma série de conceitos e perceções sobre si. Dependendo que como lida com essas informações, elas podem impactar tanto positiva como negativamente a visão que a pessoa tem sobre si e, consequentemente, aumentar ou diminuir sua autoestima.
Cada pessoa, inclusive, pode receber a mesma informação de forma diferente. Por exemplo, um comentário negativo pode não abalar em nada a autoestima de uma pessoa. Já para outra, esse comentário pode afetar significativamente o que se sente em relação a si.
A autoestima, também conhecida como amor-próprio, impacta diretamente todas as esferas da vida, as relações sociais, o equilíbrio emocional e a forma como a pessoa se posiciona no mundo. Por isso, é tão importante que ela esteja sempre bem fortalecida.
Quem tem autoestima elevada se valoriza, está contente com seu modo de ser e, como resultado, mostra confiança em suas atitudes e comportamentos. Dessa forma, a pessoa acredita que suas metas e sonhos serão alcançados e tem maior facilidade para se relacionar com os demais.
O que pode causar baixa autoestima?
A baixa autoestima é causada por experiências, comentários ou situações que são recebidas de forma negativa. O que pode ser agravado, caso a pessoa já tenha um conceito ou imagem distorcida sobre si e tenha problemas de autoconfiança. Os fatores mais comuns que causam a baixa autoestima são:
- bullying
- rejeição
- falta de afeto
- abusos
- traumas
- violência psicológica ou física
- falta de confiança em si
- infância ou adolescência com excesso de críticas
A autoestima começa a ser construída na infância e vai sendo alimentada na adolescê
ncia e idade adulta. Assim, como pode ser aumentada com pensamentos e comportamentos positivos, ela pode ser minada e destruída com uma postura negativa.
Por exemplo, alguém que recebeu muitos elogios durante a vida, tende a ser seguro e confiante e, consequentemente, a ter uma autoestima alta. Quem recebeu muitas críticas, torna-se inseguro e tem sua autoestima abalada.
Nesse sentido, é extremamente importante que a criança tenha sua autoestima alimentada desde cedo. Fazer comparações e comentários negativos, bem como bloquear suas opiniões, são comportamentos habituais de alguns pais que refletem no amor-próprio da criança ainda na infância e com prejuízos que se alargam por toda a vida adulta se não forem trabalhados. O resultado desse comportamento será uma pessoa insegura, que se sente inferior e sem iniciativa.
É importante também orientar a criança a lidar com atitudes nocivas do quotidiano provenientes do seu entorno. Como nessa fase, ainda não se tem desenvolvido o critério de não acolher as perceções ou comentário negativos dos demais, a criança pode usá-los para criar a sua perceção sobre si mesma de uma forma distorcida.
A história de vida da pessoa pode influenciar sua perceção de si e, consequentemente sua autoestima. Por isso, se a pessoa tem um histórico negativo é importante trabalhar as feridas emocionais e não alimentar o ciclo destrutivo. Também é preciso ter em mente que a pessoa deve ter e ser sua própria referência, e não se apegar à perceção dos demais para construir sua perceção sobre si.
Quais são os sintomas relacionados com questões de autoestima?
Os sintomas relacionados com questões de autoestima são, principalmente, emocionais e comportamentais. A pessoa tende a se sentir inferior, vítima das circunstâncias e assumir uma postura altamente negativa. Outros sinais da baixa autoestima são:
- medo de desafios
- ser dura consigo
- insegurança
- perfeccionismo
- necessidade de agradar
- falta de equilíbrio emocional
- sentimento de culpa e inferioridade
- necessidade de aprovação
- medo da rejeição
- não valoriza seu potencial e conquistas
- comparação excessiva com os demais
- pensamentos pessimistas
Cobrar-se continuamente é extremamente negativo para a autoestima, já que é impossível ser bom em tudo. Para quebrar essa dinâmica, é importante a pessoa reconhecer e respeitar suas limitações.
Quais são as consequências de ter baixa autoestima?
As consequências de ter baixa autoestima são bastante nocivas para todas as esferas da vida da pessoa. A insegurança e o sentimento de inferioridade fazem com que ela não se sinta capaz de assumir desafios, o que impacta o seu crescimento pessoal. A pessoa também passa a evitar os relacionamentos amorosos, ou se mantém em relações nada saudáveis por medo da rejeição. As demais interações sociais também são afetadas, o que leva ao isolamento.
A baixa autoestima pode ainda ser porta de entrada para perturbações psicológicas, como depressão, ansiedade, traumas, distúrbios alimentares, o que pode levar a pessoa a buscar válvulas de escape para amenizar o sofrimento, como o alcoolismo, uso de drogas e comportamentos destrutivos.
A maneira como a pessoa se percebe influencia sua vida, sua saúde mental e suas relações. Ter a autoestima negativa afeta não só o bem-estar emocional, mas também a forma como a pessoa se apresenta para o mundo.
Um complicador para reverter um quadro de baixa autoestima, é que a pessoa está tão imersa em suas crenças negativas e desamor que dificilmente nota como interpreta de forma distorcida suas vivências. A boa notícia, é que autoestima pode ser, sim, resgatada e trabalhada, redirecionando a visão distorcida que a pessoa tem sobre si.
Este processo de ressignificação consiste em se valorizar e em aprender a se ver com os próprios olhos, em vez de se deixar guiar pela perceção e moral de outras pessoas. Algumas formas de aumentar a autoestima são:
- cuidar de si e das próprias necessidades
- trocar pensamentos pessimistas por otimistas
- aceitar-se
- perdoar-se
- respeitar-se
- não se comparar com os demais
- identificar e valorizar suas potencialidades
As relações sociais também têm um peso importante na autoestima. Relacionar-se com pessoas negativas, pessimistas e com atitudes destrutivas vai aos poucos minando o amor-próprio. Por isso, cercar-se de um entorno positivo é fundamental para aumentar a autoestima.
O que diferencia a autoestima do autoconceito?
Enquanto a autoestima é o que a pessoa sente em relação si, o autoconceito é a imagem que ela tem de si, sua perceção. Apesar de terem uma diferença ténue, a autoestima e o autoconceito estão relacionados.
Ou seja, a pessoa pode ter uma autoestima alta ou baixa baseada em como se vê. Se a pessoa se percebe como alguém confiante e capaz, por exemplo, sua autoestima será positiva. Se ela não acredita ser merecedora, se se considera inferior aos demais, sua autoestima será negativa. Assim, é importante valorizar continuamente suas capacidades para que a autoestima esteja sempre fortalecida.
Quem pode ajudar-te?
Um psicólogo pode te ajudar a resgatar e a fortalecer a sua autoestima. Trata-se de um processo baseado, principalmente, no autoconhecimento, investigando os fatores causadores da visão distorcida que tem sobre si e trabalhando-os para romper esse ciclo nocivo. As sessões de psicoterapia ajudam ainda no reconhecimento da verdadeira essência, descoberta e aceitação das potencialidades e na aplicação de técnicas para que a pessoa possa diariamente alimentar sua autoestima.
O primeiro passo está em reconhecer a necessidade da mudança e compreender os aspectos negativos da baixa autoestima nas mais diferentes esferas da vida. Se ainda não conheces um psicólogo para te ajudar nesse processo de ressignificação, espreita nossa lista de profissionais especializados. Eles estão preparados para atuar com a abordagem mais adequada, considerando o teu perfil e necessidades.
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