Por que de 10 coisas que penso 11 delas é no suicídio?

Obrigado pela coragem de partilhar o que sente. E quando refiro isto é pelo fato de ser a única forma de podermos aceder o que está aí dentro e o poder ajudar. Cada pessoa é única e as questões que poderão o levar a sentir e pensar desta forma devem ser avaliadas por um profissional de saúde mental.
Comece por perguntar-se o porquê de desejar pôr um fim a sua vida? Trata-se mesmo de por um fim a sua vida ou ao seu sofrimento?
Será que, de facto, aquilo que você está vivendo e sentindo é intolerável, insuportável, sem saída? Se a reposta for um SIM, significa que você não está a conseguir lidar com a situação atual sozinho. E não há problema, talvez alguma vergonha possa surgir. Então só resta uma opção: PEDIR AJUDA!
Pensar na sua morte (ideação suicida) tem uma origem, e o mais importante é compreender se poderá estar associado a um conjunto geral de expectativas negativas sobre si mesmos e sobre o futuro. A desesperança presente nesses momentos poderá estar associada a uma condição grave, que não deve ser ignorada, é frequente em quadros de depressão, bem como noutras psicopatologias. Algumas crenças podem estar por trás desta situação, como avaliar a si mesmo como tendo sérias falhas e acreditar que não têm o apoio de outras pessoas. Há uma tendência para a passividade ou retração ao invés de sentir-se capaz de procurar apoio. O afeto deprimido distorce a memória, manifesta-se numa lembrança seletivamente de outros fracassos do passado (abstração seletiva). Esses fatores tendem a agir como disparadores na vulnerabilidade à piora da depressão e o aumento da ideação suicida. A solução: -Quebrar o silêncio (mesmo que lhe custe) e falar sobre o que que lhe vai no pensamento, é urgente procurar o apoio de um profissional de saúde (Psiquiatra/Psicólogo), partilhar com as pessoas em quem mais confia e iniciar um processo que o ajude a poder chegar a um lugar (dentro de si) onde se sinta seguro, longe deste lugar negro. Como? A psicoterapia pode ajudar das seguintes formas: 1) foco intrapsíquico nos pensamentos automáticos e esquemas depressogênicos; 2) foco no estilo da pessoa ao relacionar-se com outros; 3) mudança de comportamentos a fim de obter melhor enfrentamento da situação-problema. Durante a terapia, o terapeuta ajuda o paciente a: 1. aceitar que algumas de suas percepções e interpretações são falsas e que levam a pensamentos negativos 2. reconhecer os pensamentos negativos e descobrir pensamentos alternativos que reflitam a realidade mais de perto 3. decidir internamente pela evidência que dá suporte ao pensamento negativo ou alternativo 4. idealmente, reconhecer o pensamento negativo e fazer a reestruturação da situação, em um processo chamado reestruturação cognitiva. Você não está sozinho, a sua pergunta é um pedido de ajuda, dar o primeiro passo é fundamental para abrir a porta à outras possibilidades.