Em que consiste um ataque de pânico?
Não é fácil explicar o que é um ataque de pânico a alguém que não tenha passado por esta situação. A sensação de morte iminente pode ser avassaladora.
Um ataque de pânico pode ser definido como uma reação desproporcional face a um medo irracional. Existem várias teorias que explicam esta condição, das que dão mais ênfase aos fatores físicos e genéticos às que privilegiam outros fatores de ordem psíquica e emocional tais como a ansiedade e a angústia.
Ter um ataque de pânico não significa que a pessoa sofra de uma perturbação de pânico. No entanto, se não existir uma adequada e atempada intervenção, pode vir a desenvolver-se uma perturbação de pânico, pois a vivência de um ataque de pânico pode ser de tal forma aterradora que passa a condicionar a vida futura da pessoa.
Sintomas de um ataque de pânico
Um ataque de pânico ou crise de ansiedade traduz-se no aparecimento inesperado de um medo ou mal-estar intenso face a um determinado estímulo (que nem sempre é identificável). Para falarmos de ataque de pânico deverão surgir quatro ou mais dos seguintes sintomas:
- Palpitações cardíacas, sensação de que o coração está a bater demasiado rápido;
- Suores;
- Tremores;
- Sensação de asfixia ou falta de ar;
- Sensação de aperto no peito;
- Tonturas, desequilíbrio;
- Enjoos, perturbações gastrointestinais;
- Sensação de despersonalização (de estar separado de si mesmo);
- Sensação de desrealização (ou irrealidade);
- Medo de morrer;
- Medo de perder o controlo ou de enlouquecer;
- Sensações de formigueiro;
- Arrepios ou sensações de calor.
Muito frequentemente o facto de experimentar um ataque de pânico leva a pessoa a viver num medo constante de voltar a passar por esta situação. Por isso, pode começar a evitar todo o tipo de situações que pareçam estar associadas aos motivos que estiveram na origem do primeiro ataque de pânico. Entre outras, esta é uma das razões que leva esta perturbação a ser progressiva, ou seja, a pessoa tem tendência a viver cada vez mais intensa e frequentemente um destes episódios.
Em Portugal, crê-se que esta perturbação afeta cerca de 280 mil pessoas. É uma perturbação que costuma ter o seu início no final da adolescência ou início da fase adulta, embora o seu início possa acontecer em qualquer idade.
O tratamento
O tratamento dos ataques de pânico pode incluir uma vertente de psicoterapia e uma outra farmacológica. Além disso, é sabido que a prática de meditação ou yoga pode ser um adjuvante na diminuição (ou até eliminação) destes sintomas.
O que fazer perante um ataque de pânico?
- Tentar desviar o pensamento para outras coisas;
- Fazer uma atividade que costume realizar (por exemplo, relacionada com o trabalho);
- Não falar dos seus medos na altura, mudar de conversa;
- Optar por uma atividade que distraia;
- Tentar controlar a respiração, inspirando e expirando lentamente.
As informações publicadas por MundoPsicologos.pt não substituem em caso algum a relação entre paciente e psicólogo. MundoPsicologos.pt não faz a apologia de nenhum tratamento específico, produto comercial ou serviço.
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