Qual é a forma correta de lidar/enxergar essa situação?

Realizada por >Patricia S. Ribeiro · 31 jan 2023 Terapia de casal

Tenho um relacionamento há 15 anos, namoramos bem jovens, na época ele aprendeu a lidar com o ciúmes e eu, a ser organizada financeiramente, noivamos e casamos em três anos. No início como todo o relacionamento estávamos apaixonados, mas com o tempo, os desafios, filhos e objetivos de vida, passamos a ser primeiramente bons amigos.
Hoje temos uma vida financeiramente tranquila.
As pessoas ao nosso redor (família, amigos e colegas) dizem que ele é inteligente, porém intolerante e muito ansioso e que já eu sou muito paciente (até demais!) e otimista e que acreditam que por esse motivo, demos certo.
Eu o admiro muito e desejo que seja feliz e sei que ambos temos qualidades e defeitos e que como esposa eu preciso ajudá-lo e ser uma boa ouvinte. Mas não sinto que é recíproco.
Ele não me elogia, muito pelo contrário, faz críticas e pontua os erros.
Ele me conta como foi o seu dia, como ele se senti, sobre o que pensa, mas nunca pergunta isso pra mim, e quando tento falar, ele demostra desinteresse e muda de assunto.
Tenho uma boa aparência, sou comunicativa e gosto de sempre aprender e amadurecer emocionalmente... mas como defeito tento dar conta de tudo e me responsabilizar por tudo e tenho medo que no futuro, eu acabe perdendo a alegria e ficando depressiva.
Tentei conversar com ele várias vezes, mas no diálogo ele só cita incômodos pequenos e momentâneos, nada que justifique a sua indiferença.
É até engraçado, pra não falar sem sentido, pois quando temos visitas ou vamos passear e alguém me elogia, ele em seguida faz uma crítica ou conta algo ao meu respeito que me faz sentir constrangida.
Temos dois filhos, uma com 2 anos e como nosso primeiro filho, eu decidi ficar os três primeiros anos dedicados a família (depois retorno a carreira profissional, como da última vez) por isso, hoje ele é o provedor financeiro, em contrapartida, eu fiquei responsável pela criação e educação das crianças e todos os cuidados com a casa, escola, levar ao médico... Ao passar esse período, volto a trabalhar, do qual ele espera que eu o ajude financeiramente.
Mesmo tendo crianças em casa e eu me esforçando pra dar uma boa educação, deixar a casa arrumada e a alimentação sempre no horário, se eu falhar em algo (exemplo: se eu não consigo lavar a roupa em dois dias, já é motivo de discussão).
Nessas discussões, eu sempre me controlo, pois a sensação é que se eu não fizesse, acabaríamos faltando com o respeito e não sei como ele me trataria depois. Com tudo isso, ao passar o tempo me sinto triste, pois apesar de sermos bons pais, nós estamos bem distantes (inclusive sem contato físico há um bom tempo).
O que me fez escrever aqui e me questionar é que eu não sinto mais vontade de demonstrar carinho, pois não seria mais sincero.
E o que realmente me faz perseverar é os nossos filhos, pois me sinto responsável pelos sentimentos deles, além do compromisso/voto que fiz ao me casar. E por isso a minha pergunta acima "Qual é a forma correta de lidar/enxergar essa situação?"

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A melhor resposta 1 FEV 2023

..."Ele não me compreende e critica..."
De algum modo o esposo ainda não percebeu que a está a afastar.
Muitas vezes não basta dizer como nos sentimos em relação à critica que o outro nos faz.
O outro até pode ter percebido o significado das palavras que ouviu, no entanto, por algum motivo, poderá sentir que foi uma crítica à sua própria avaliação, ou não entender a razão desse sentimento.
Podemos dar o exemplo de uma pessoa que é muito ativa e que não tem medo de se expor, por isso, provavelmente, não consegue perceber porque razão existem pessoas depressivas.
O casal necessita de ter momentos a dois, onde os seus sentimentos sejam expostos de uma forma que o parceiro não sinta que é uma crítica a si próprio.
As maiores dificuldades surgem quando o outro, que está a ouvir-nos, deixa de nos ouvir e inicia pensamentos onde faz seus juízos de valor de acordo com sua experiência.
Terá que estar atenta aos sinais que indicam que o parceiro já não está a ouvir.
Procure que o outro perceba e sinta os sentimentos que está a ter.

Se não conseguirem sozinhos procurem um psicólogo que faça a diferença
Em frente, sem medo
Delfim Alves Fidalgo

Delfim Alves Fidalgo Psicólogo em Gondomar

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